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sábado, 10 de janeiro de 2009

Novamente, o começo

Todo começo do ano é a mesma coisa: entra em vigor um regime, retiramos maus costumes, cumprimos à risca nossa lista de boas intenções, até ... no máximo uma ou duas semanas. Depois disso resta apenas um sentimento sem nome; um desespero calmo por ver passivamente a vida passar, em cada segundo que escoa pela ampulheta da vida sem uma reação significativa de nossa parte. Esperamos novamente o fim do ano, uma segunda-feira, a chegada de uma nova estação para realizar o que poderia ser feito agora.

Como disse Carlos Drummond de Andrade logo no fim do poema ‘Receita de Ano Novo’:

Para ganhar um Ano Novo que mereça este nome,
Você, meu caro, têm de
merecê-lo, têm de fazê-lo de novo.
Eu sei que não é fácil, mas tente,
experimente, consciente.
É dentro de você que o Ano Novo cochila e espera
desde sempre.

Paramos muitos planos pela metade por não compreender e, por conseqüência, não saber como aplicar todo poder que temos em mãos, com a arma mais poderosa já vista: a mente humana.

Olhe ao seu redor. Há uma teia invisível, onde tudo funciona de forma estranhamente harmoniosa, mesmo parecendo uma confusão: máquinas – uma prova é esse computador que você está usando agora –, eletricidade, hierarquia, trânsito, construções, tecnologia. Não foi fruto do acaso, e sim da junção de várias mentes trabalhando juntas.

Vou além. Sabe aquele dia em que parece que tudo está ocorrendo errado? Isso não foi em decorrência de pensamentos ruins logo no início do dia, determinando como este seria? E quando mesmo passando por situações adversas, as coisas mudam de rumo apenas por decidir que nada nos tiraria a alegria? E é aí que mora o perigo.
As doenças que mais assolam o homem do século XXI são psicossomáticas[1], como depressão, estresse, síndrome do pânico. Condicionarmos nossa mente a um determinado tipo de comportamento, é assim que o corpo age. Muitas vezes usamos todo o poder de criação de nossa mente para coisas ruins, sem aproveitamento, e viajamos pela imaginação apenas por fagulhas de instantes, para fugir de uma situação que nos incomoda.

Você já parou para pensar se apenas voa nas asas de sua imaginação, ou possui o brevê[2] para isso?

Na Bíblia Sagrada temos a narração da criação do mundo, assim como de tudo o que nele existe. Destaco para essa postagem um versículo que relata uma particularidade reservada ao homem, o diferenciando de toda criação, que encontramos em Gênesis[3] 1.27: ‘Criou Deus o homem à sua imagem e semelhança’.

Quanta honra está inserida em apenas algumas palavras; fomos criados com base na essência do Criador! E chamo atenção para a característica mais marcante da gênese do mundo: o dom de criar. O mais incrível disso tudo é que Ele nos deu o poder de continuamente criar e recriar o que já existe assim como ele fez: imaginando algo que ainda não existe, acreditando nisso e vendo acontecer.

Quem você gostaria de ser? Não veja a imaginação como um campo ilusório, onde sonhos são considerados utopias e vontades são reprimidas. Voe o mais alto que puder, mas com o controle da situação. Viva e acredite em seus pensamentos. Trabalhando com o poder de controlar a mente, tudo se altera. Invés de ser controlado por situações externas, você é que terá o controle da situação. Não desperdice o brevê para voar através do inexistente, antes, faça como Deus: crie algo novo dentro de você. Assim como um totalmente novo 2009, em cada um de seus 365 dias.


Monique, verão de 2009.


[1] Do grego psykhe; alma + somatikos, relativo ao corpo. Doença orgânica cuja existência e evolução são submetidas a fatores psicológicos, podendo ser a manifestação de alguns sentimentos não exteriorizados (Larousse Cultural, pág. 4822).
[2] Espécie de ‘diploma de aviador’, semelhante a uma habilitação que atesta a capacidade de pilotar (Minidicionário Aurélio, pág. 83; Larousse Cultural, pág. 949).
[3] Bíblia Sagrada, na linguagem NVI (Nova Versão Internacional), Editora Vida: São Paulo, 2008.

3 comentários:

Anônimo disse...

oi, estive por aqui adorei!!! menininha esperta rsrs...bjsss

Daniel disse...

Oi Carol.

Ví que vc passou lá no "Mente Livre", que legal.

gostei tambem dos seus textos, vou sempre passar por aqui tb .

bjão !

Fransoa disse...

Ola Carol,

Minha mãe dizia que os Pais, aprimoram os filhos, no teu caso
creio que é o contrario, O dicipulo
supera o Mestre.

Gostaria de um dia ler, uma menção
Parisiense, ou uma visita sua, não
só virtual, vc tem muito futuro, o
mundo vai ouvir falr muito dessa
garota que tem nome de pricessa e
atitudes de Rainha.
Parabens Carol.

Fransoa