Pois bem, uma dessas obras que me chamou a atenção foi em formato de devocional, totalizando apenas um mês, mas a idéia central era de que esse mês fosse vivenciado intensamente como o último em nossas vidas. Peco muitas vezes em não guardar as referências, mas a essência é o que guardo. O primeiro trecho lido por mim, em uma abertura aleatória de páginas foi mais ou menos como descrita abaixo:
“Se você tivesse apenas um mês para viver, o que gostaria de realizar? Quem gostaria que soubesse que o ama? Para que você pediria perdão? – e agora o Gran Finale, particularmente a alfinetada mais doída – O que o impede de fazer issoIsso me lembra duas palavras que podem ser considerados gêmeos fraternos, não deixando de ser maléficos.
agora?”
Procrastinar é o hábito de sempre deixar algo para depois, com prazo de certa forma determinado. ‘Ah, no fim de semana faço isso’ ou ‘Pode deixar que no fim de ano realizo aquilo’. Com isso deixamos sempre para depois algo que poderia ser realizado agora, e é por isso que as filas sempre são maiores no final do prazo. Muitos o consideram o ‘sentimento do brasileiro’, sempre deixando tudo para depois, a última hora.
Postergar é o irmão malvado desse anterior. Sim, o fato de deixar para outra data é ruim, mas pior ainda é não estipular data alguma para concretizá-lo. ‘É, isso é muito bom. Algum dia eu faço’ ou, ‘Quando eu tiver tempo eu faço’. Esse tipo de comportamento é usual de pessoas que vêem a vida passar, e quando se dão conta já é o Natal, seu filho já vai ser pai, a vida já acabou.
A grande realidade é que não sabemos a quantidade de horas, minutos que ainda temos, e aproveita-los da melhor forma, da maneira correta é o essencial para não se arrepender do que fizemos ou deixamos de fazer. Ninguém está preparado para deixar este mundo, pois nossa essência é eterna.
O que nos impede de sonhar, realizar, amar, perdoa, fazer alguém feliz, sorrir nesse exato momento? Você sabe quantos minutos ainda lhe restam?
Monique, primavera de 2008