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sábado, 18 de outubro de 2008

Procrastinar e Postergar

Trabalho em uma Editora e Livraria, e apesar de não atuar ainda em edição, atuo na área de vendas, o que não é de todo mal – uma vez que tenho que conhecer o material que chega a cada semana, e o hábito de leitura é um antigo conhecido. Nessas andanças e conhecimentos, me deparo com muitas obras e trechos intrigantes, que se unem em uma salada colorida, tão saudável quanto em um verão para o nosso organismo.

Pois bem, uma dessas obras que me chamou a atenção foi em formato de devocional, totalizando apenas um mês, mas a idéia central era de que esse mês fosse vivenciado intensamente como o último em nossas vidas. Peco muitas vezes em não guardar as referências, mas a essência é o que guardo. O primeiro trecho lido por mim, em uma abertura aleatória de páginas foi mais ou menos como descrita abaixo:


“Se você tivesse apenas um mês para viver, o que gostaria de realizar? Quem gostaria que soubesse que o ama? Para que você pediria perdão? – e agora o Gran Finale, particularmente a alfinetada mais doída – O que o impede de fazer isso
agora?”
Isso me lembra duas palavras que podem ser considerados gêmeos fraternos, não deixando de ser maléficos.

Procrastinar
é o hábito de sempre deixar algo para depois, com prazo de certa forma determinado. ‘Ah, no fim de semana faço isso’ ou ‘Pode deixar que no fim de ano realizo aquilo’. Com isso deixamos sempre para depois algo que poderia ser realizado agora, e é por isso que as filas sempre são maiores no final do prazo. Muitos o consideram o ‘sentimento do brasileiro’, sempre deixando tudo para depois, a última hora.

Postergar é o irmão malvado desse anterior. Sim, o fato de deixar para outra data é ruim, mas pior ainda é não estipular data alguma para concretizá-lo. ‘É, isso é muito bom. Algum dia eu faço’ ou, ‘Quando eu tiver tempo eu faço’. Esse tipo de comportamento é usual de pessoas que vêem a vida passar, e quando se dão conta já é o Natal, seu filho já vai ser pai, a vida já acabou.

A grande realidade é que não sabemos a quantidade de horas, minutos que ainda temos, e aproveita-los da melhor forma, da maneira correta é o essencial para não se arrepender do que fizemos ou deixamos de fazer. Ninguém está preparado para deixar este mundo, pois nossa essência é eterna.

O que nos impede de sonhar, realizar, amar, perdoa, fazer alguém feliz, sorrir nesse exato momento? Você sabe quantos minutos ainda lhe restam?



Monique, primavera de 2008

6 comentários:

Unknown disse...

Oi amiga...surpresa por eu estar aqui? rs...
Vc escreve tão bem...como é gostoso de ler!!!
Eu te amo mto, qlq coisa que precisar estou aqui, ok?!
Milhões de beijos...
Nat (facul)...

Unknown disse...

Oi Carol,

Como prometi ontem passei por aqui... e vou continuar passando.

bjão
Cris

João Luiz disse...

Carol querida, brilhante texto.

Você é surpreendente, cada dia melhor em atendimento, atenção, cuidado e agora escrevendo. Estou orgulhoso de você. Nosso Pai´lá nos céus tambêm.

Grande Beijo

Rev. John

Vinicius Tova disse...

Realmente o texto está perfeito, o duro vai ser gravar aquelas palavras difíceis. :D

bjs

L. Damasio disse...

Oi Carol!
Parabéns pelo Blog, muito bem bolado, e muito interessante. Você tem um talento e uma inteligência para escrever que são indiscutiveis.
Sempre que puder, passarei por aqui.
Abraço

Carol Mendes disse...

Oi Carolzinha,

Que linda! Filosofando agora! Vc escreve muito bem viu! Sucesso sempre e Deus te abençoe! Vc merece! Bjs!

Carol, sua ex-professora e amiga!